Levantei cedo hoje, 6h da manhã. Dia lindo, noite bem dormida, acordei com aquela disposição.
Antes das 7h já estava no computador trabalhando, e lá pelas 9h decidi tomar um café da manhã. Fui para a cozinha pensando num iogurte, ou um copo de suco. Abri a geladeira e fui de cima pra baixo. Lá estava meu iogurte, mas como de hábito passei os olhos em tudo. E lá embaixo me deparei com a vasilha cheia de bife de panela, ao lado da farofa e do arroz.
Não deu outra: montei um prato de caminhoneiro pra mim.
Minha empregada não falou nada, mas se eu me concentrasse conseguiria ouvir ela me xingando em pensamento. Dava pra ver na cara dela. Imagino então o que ela não pensou quando eu acabei de comer, abri a geladeira e peguei o iogurte de sobremesa.
Honestamente, estou me lixando se pra algumas pessoas este tipo de coisa é um absurdo. Eu almoço ou janto a hora que me der na telha, tomo banho de cachoeira à noite no inverno, caminho a pé por mais 20km, passo 2 ou 3 noites sem dormir, dirijo 20 horas seguidas, e se uma pipoca cair no chão eu pego e como, sem o menor peso na consciência. Sou bugre mesmo, e tenho orgulho disso.
Num dia desses eu comprei numa churrascaria uma quentinha que deveria ter uns 700 gramas de carne, e acompanhamentos. Era bastante comida. Mas no caminho para casa um amigo me chamou para ir a uma pizzaria, e eu topei. Saindo da pizzaria comprei um amendoim e um algodão doce, para ajudar um vendedor camarada. Sem falar que meu amigo colocou catchup e mostarda na pizza de chocolate. Mas continuamos aqui, não?
Também acho muito legal quando tudo vai bem e dá certo, mas quando não dá, não me venham com frescuras! Já fiquei numa fazenda isolado do mundo, onde a água acabou, e no fim só o que tínhamos para beber eram os limões nas ávores. Delícia! Vai dizer que não? Nesse mesmo dia não havial álcool para acender o churrasco, e nos viramos com um casaco de lã. Garanto que ficou bom do mesmo jeito.
Já dormi em Banco 24 horas e até num quebra-molas, tomei banho em chafariz e passei 4 dias comendo somente uma penca de bananas.
Esse tal de progresso é muito bom, muito legal. Mas não pode fazer a gente esquecer de onde veio.
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