quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Vídeos incriveis de animais


Todo dia a gente acaba se surpreendendo com alguns vídeos na internet, mas acho que, quando são com animais a coisa, pelo menos pra mim, fica muito mais impressionante, até porque você tem certeza, 99% das vezes, que a coisa não é encenada. Vou te dizer que eu não sou fã de ver vídeos de bichos brigando e saindo todos ferradas, mas nessa caso, creio que os dois tenham se machucado pouco. Olha só esse vídeo desse sapo, mas creio ser uma Rã, com essa cobra.

Ai acabei encontrando esse outro vídeo interessante, saca só o Rato Chuck Norris

Último episódio de Chapolin Colorado

Cara, na boa, eu choro até hoje vendo Chaves e Chapolin e tenho certeza que muitos da minha idade e até com mais e menos também gostam demais dessa série que fez e faz tanto sucesso. Então que, sem querer querendo, tive a idéia de procurar o último episódio e acabei encontrando e pelo que entendi e li em alguns lugares a coisa foi mais ou menos assim...

Chapolin começou no início da decada de 70 e esse episódio foi em 1979, se não me engano, sendo que em 78 o Kiko e seu Madruga sairam pra tentar fazer sucesso com um programa deles, na verdade o Kiko saiu e chamou o Ramon pra trabalhar com ele ai pelo que entendi o programa Chapolin so teve mais 1 ano de vida, porem o chaves continuou um pouco mais. Olha so a raridade, está em Espanhol mas com legenda, sei que não é a mesma coisa porque a dublagem conta muito, mas mesmo assim, vale a pena ver.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Stop Motion com moedas

Para quem não sabe ainda, Stop Motion, é uma sequencia de imagens, normalmente fotografadas uma de cada vez, juntadas gerando assim um vídeo, sacou?! Lembra daqueles desenhos que alguem da sua turma de infância fazia no canto do caderno e depois com o polegar fazia esse monte de imagens ganhar vida? Normalmente era um bonequinho palito que pulava na piscina ou de um predio. Mas pra fazer uma pequena animação dessa, dava um trabalho danado, e tinha que ficar sempre vendo o quadro anterior pra coisa não ficar muito escrota e ridícula. Então esses dois caras ai resolverem colocar em prática a paciência e o tempo deles em questão. Saca só.



Dica do meu primo Diego.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Tragédia e esperança na Serra Fluminense

Belo texto escrito por meu grande amigo, Márcio Madeira.

 
De um lado, o pesadelo.

Uma madrugada sem dormir, a falta de luz, o alto barulho da chuva vencendo um silêncio de tensão compartilhada. Ta chovendo demais, ta chovendo demais. Pela janela a luz de relâmpagos revela a rua alagada, enquanto o estrondo e o chacoalhar de um carro que tentava escapar revelam o enorme buraco escondido pela água escura. O dia amanhece, os olhos ainda exploram os estragos visíveis, quando o som indescritível de uma avalanche anuncia algo de grandioso acontecendo. O coração dispara, o olhar se volta para a esquerda, e a consciência duvida do que os olhos estão vendo. Todo o morro esta descendo. É muita, muita terra. O entulho some da vista, escondido pelos prédios. Um forte estrondo é ouvido, surge uma gigantesca nuvem de poeira. Não era encosta, não havia falhas na topografia nem tampouco casas em local de risco. É mata nativa, reserva natural. Se ali está desabando, então todo o resto já terá caído.

O pensamento se volta para os amigos que ali residem. Nomes, rostos. Corremos para o telefone. Mudo. Ainda chove forte, mas é preciso ir lá ver. Há lama e destruição por todos os lados, pessoas choram e correm. Na rua anterior um verdadeiro rio impede a passagem, permitindo apenas ver um caminhão dos bombeiros esmagado por entulhos. “Seis bombeiros morreram” – alguém diz, aos prantos. Não era boato. Mais alguns minutos e a chuva para. Podemos chegar mais perto.

Corpos passam em macas o tempo todo, bombeiros perguntam se alguém tem experiência em primeiros socorros ou reanimação. É difícil saber qual a melhor forma de ajudar. Amigos de infância estão debaixo de uma montanha de lama e escombros, onde antes havia belas casas tradicionais. Uma grávida é resgatada enquanto dá à luz um filho morto. Do outro lado da praça, a água cobre carros e pontes, invade o shopping. Pessoas buscam lugares elevados, cachorros nadam a seus lados. Há pânico e informações desencontradas por todos os cantos. “A igreja de Santo Antônio está destruída”, “o teleférico acabou”, “edifício tal está para cair”, “fulano de tal morreu”, “estrada tal está interditada”, “tal bairro não existe mais”.

Uma volta pela cidade começa a dar a dimensão da tragédia, enquanto a luz não volta e não é possível ver os jornais. A coisa foi grande, foi muito grande. Devem estar tentando falar com a gente, querendo notícias. O drama extrapola os limites da zona atingida. Não há como tranqüilizar amigos ou parentes. Voltamos para casa. A comida na geladeira ameaça estragar. É preciso fechar o registro de água, para que a lama e o esgoto não contaminem o que resta na cisterna. É preciso economizar. Há pessoas presas em elevadores, e a luz não voltará em menos de dois dias. A subestação foi afetada, postes caíram, e há fios de alta tensão entre os escombros, onde também há vazamento de gás. O comércio está fechado, hospitais estão isolados e/ou destruídos, não há gasolina. Amigos se reencontram e cumprimentam em silêncio. Não cabe perguntar se está tudo bem, é preciso buscar novas formas de saudação.

O sol se põe, é preciso tentar dormir. Mas como? Bateria do celular começa a acabar, na eterna busca por sinal. Lanternas e velas se esgotam apesar do racionamento. O mundo fica cada vez mais escuro, somos todos cegos. A noite se arrasta no medo de que volte a chover. Um banho rápido e gelado no escuro talvez ajude a passar o tempo e a diminuir um pouco a sensação de angústia e tensão.

O sol torna a nascer. Parentes de vítimas não se afastam dos montes de escombros. Passaram a noite por lá. Não existem ônibus circulando, pessoas caminham dias inteiros. O dinheiro é curto, bancos e caixas eletrônicos não funcionam. Filas se formam nos poucos estabelecimentos que se atrevem a funcionar. A entrada de pessoas é controlada, pois há medo de saques. Os preços se multiplicam, uma única vela pode custar até dez reais. Revolta e tristeza invadem a alma: “há necessidade disso? Já não sofremos o bastante?”.

A presidente está na nossa rua, os helicópteros não param. “A coisa deve ter sido ainda maior do que parece” – pensamos. Ainda sem luz, não temos tanta noção. A cidade se enche de bombeiros, policiais, homens do BOPE, da Guarda Nacional. O Exército também está aqui, é muita gente trabalhando. Na praça ergue-se um hospital de campanha; no Instituto de Educação um IML é improvisado. Um médico pede um pouco de pomada descongestionante, pois o cheiro dos corpos já em decomposição começa a se tornar insuportável, e se espalha por toda a cidade.

Uma grande caixa d’água se rompe num bairro afastado. A notícia ganha proporções catastróficas no boca-a-boca de uma população apavorada. Interfone e telefone tocam ao mesmo tempo. “Corre que a represa rompeu, vai inundar a cidade inteira, a água vai chegar até o segundo andar”. Bombeiros apavorados sobem em caminhões, doentes são transportados para os andares superiores de hospitais improvisados, pessoas são pisoteadas e atropeladas, ou brigam ferozmente por uma vaga nos caminhões que abandonam o centro à toda velocidade.

Não haveria volume d’água na maior represa da cidade que fosse suficiente para causar nem um milésimo do que era alertado, mas pouca gente consegue pensar calmamente quando até mesmo os militares estão em pânico. Alarme falso, terror real.

De outro lado, a esperança.

Caminhões com donativos começam a chegar um após o outro, enquanto pessoas surgem de todas as cidades dispostas a ajudar. Os telefones começam a tocar timidamente, ainda é difícil conseguir contato. Do outro lado da linha vozes amigas choram de alívio a cada alô.

Boas notícias surgem, de vez em quando. Existem sobreviventes, algumas pessoas são resgatadas com vida. Em Friburgo, no bairro de Duas Pedras, o morador da casa mais alta, próxima à Fundação Getúlio Vargas, sente a estrutura de sua casa balançar e sai de imediato. Desce a rua no escuro e debaixo de chuva dando o alarme do desabamento iminente aos seus vizinhos. O morro desaba, mas nenhuma vida se perde ali. Herói da vida real, prefere o anonimato.

O trabalho no voluntariado consola e renova. A sensação inigualável de servir e ser útil, a admiração por ver pessoas de fora trabalhando tanto ou mais que nós, os interessados. Descarregar um caminhão dá muito mais trabalho do que parece, descobrimos isso rapidamente. E imaginar que, em algum lugar do Brasil, este mesmo trabalho estafante foi feito com alegria por pessoas que nem sequer nos conhecem...

A ajuda material é, a um só tempo, útil e simbólica, pois carrega em si uma mensagem invisível. Sacia as necessidades do corpo, cura as doenças da alma. Uma garrafa d'água não é só uma garrafa d'água. É uma declaração de amor e de apoio, de alguém que saiu de casa e foi comprar, levou para o posto de coleta, onde pessoas com amor carregaram o caminhão. É, portanto, material sagrado. É sacrifício do povo, é atitude, é gente comendo menos para que outros possam comer alguma coisa. É carinho materializado.

Nos hemocentros, filas se formam com doadores. Doadores de sangue, doadores de vida. Gente que literalmente deseja dar parte de si mesmo ao próximo. Impossível se manter o mesmo diante de tantas forças, sejam elas tristes ou bonitas. De certo modo, é justo dizer que todos nós morremos debaixo do lamaçal. Não somos mais os mesmos, nem temos o direito de ser.

A consciência sobre as bênçãos e responsabilidades de simplesmente estar vivo se amplia indefinidamente. Continuamos aqui, por algum motivo. Estamos sendo abraçados, protegidos. É preciso justificar isso, é preciso trabalhar, honrar os que se foram, e os que estão ajudando. A vida nos deu uma página em branco. É preciso reconstruir, e fazer uma cidade melhor e mais segura do que antes. É preciso renascer, tornar-se uma pessoa melhor e menos alienada, abandonar o superficial e voltar os olhos ao essencial. É preciso ajudar a quem precisa, dividir o que se tem. Há que brotar vida verdadeira desta mesma lama, adubada por tantos amigos inesquecíveis que por lá pereceram.

A luz voltou, e os jornais falam em tragédia anunciada. Meia verdade. Em Petrópolis e Teresópolis choveram 130 mm. Em Friburgo foram 182. Em algumas cidades a tragédia de fato se concentrou em bairros periféricos e casas em locais de maior risco. Em Friburgo, reservas naturais e mansões desabaram da mesma forma. Casas de classe média alta, a 200 metros de encostas, foram soterradas. Não houve distinção. Falar em drenagem ou muros de contenção diante de tamanha potência é fazer piada de mau gosto. Útil, sim, seria um plano diretor livre de demagogias, e um sistema de alarme eficiente, como o herói anônimo de Duas Pedras.

Chega o domingo, e com ele os primeiros raios de sol. Faz um dia bonito, apesar da poeira, e quando começa a anoitecer o céu assume uma coloração azul deslumbrante. Uma leve brisa sopra pelas ruas desertas, e, por um instante, as sirenes dão uma trégua. Fecho os olhos por alguns segundos torno a abri-los. Perco o olhar nas estrelas e me deixo levar. Em minha cabeça ouço nitidamente a voz vigorosa de Renato Russo cantando.

“Mas é claro que o sol vai voltar amanhã...”

sábado, 22 de janeiro de 2011

Voltando a ativa


Pois é, mais um ano se passou e coisas boas rolaram e outras nem tanto assim. Hoje ja é dia 22 e não escrevi nada desde então, mais de 1 mes sem post, mas tem explicação e prometo que pelo menos 2 vezes por semana vou por alguma coisa nessa porcaria aqui, e prometo que vou tentar colocar coisas jamais vistas antes nesse paí, ou nem tanto assim.

Sempre começamos o ano prometendo diversas coisas e muitas delas sabemos que não vamos conseguir cumprir ou algumas não irão passar apenas do 1º mês, como academia. Mas o lance é tentar colocar tudo isso de uma maneira que não te traga sofrimento, porque, do contrário, a chance de você desistir na metade do caminho é grande.

Sobre não postar aqui a mais de 1 mes foram vários fatores e 1 deles o país pôde acompanhar, na verdade, todo mundo viu o que aconteceu aqui na minha terra, ou melhor, na região serrana, mais precisamente, Nova Friburgo, nada mais ou nada menos que a maior catástrofe ecológica do país e a 10ª do mundo! É malandro, Rio de Janeiro não está mole não, agora só esperamos que tudo que foi falado seja cumprido, porque muita gente está sem onde morar e praticamente, quem não perdeu parente perdeu alguma coisa, casa, carro ou móveis, sim, móveis, teve gente que não perdeu a casa mais a água levou tudo que tinha dentro dela e se não levou condenou bastante coisa. Mas agora é hora de tentar olhar pra frente e pra muitos REcomeçar e outras, dar continuidade.

Vou ficando por aqui e ja vou fazer outro post com algumas fotos dessa tragédia. Grande abraço a todos.