Queria falar um pouco agora sobre os rumos do funk, e o poder de uma desinência.
Quando o funk chegou ao topo das paradas cariocas, no princípio dos anos 90, eu achava aquilo o bolo fecal da cultura, que simplesmente não poderia mais piorar.
Bom, o tempo provou que eu estava enganado, e hoje aquilo que me causava náuseas soaria a qualquer moleque de 7 ou 8 anos como uma maternal canção de ninar.
Fica claro, portanto, que o nível esteve sempre descendo. Nesse caminho tivemos o "Uh tererê", o "Não peida não", o cerol na mão, o tapinha que não doía, a égua pocotó interpretada pelos espasmos do(a) lacraia, e a desenvoltura da agora vovó antes dos 30 (isso mesmo!) Tati Quebra Barraco.
Vendo esse descida desgovernada rumo à bestialidade nirvânica, me pergunto qual será o fim da linha. Sim, porque em algum momento já não será mais possível piorar. Pensando nisso eu me lembro de um 'dueto' entre MC Serginho e nossa já citada vovó Tati, na qual o pai da Pocotó citava o seguinte versinho:
"Quando eu te meto 'cê' grita;
Dou-lhe um murro nas costas;
Cuidado pra não sujar o meu piru de bosta!"
Com certeza é um bom candidato, mas há piores. E em meio a tanto xorume sonoro, tendo a acreditar que o limite se encontra no seguinte verso:
"Estrupa! Estrupa! Estrupa os amigos!"
Ignorando o estupro metalinguístico à grafia, convido os leitores a refletirem sobre esta frase. "Estrupa os amigos!" - diz o poeta. Caralho, ele colocou no plural, e no masculino!!!! Pense por um instante na gravidade dessas desinências... E mais: não se tratam dos inimigos, ou de desconhecidos andróginos numa prisão repleta de desesperados. Não, ele tá falando dos amigos.
Cara, para um homem 'estrupar' os amigos, é porque ele antes já rifou todo mundo. Um homem trai mais facilmente a esposa que um amigo, e esse nosso camarada da 'música' achou que já era hora de violentar os últimos de sua lista: os amigos. Todos eles.
Imaginem então o que este satã já não terá feito com os inimigos?
Então eu pergunto: alguém consegue pensar num verso pior do que esse?
Quando o funk chegou ao topo das paradas cariocas, no princípio dos anos 90, eu achava aquilo o bolo fecal da cultura, que simplesmente não poderia mais piorar.
Bom, o tempo provou que eu estava enganado, e hoje aquilo que me causava náuseas soaria a qualquer moleque de 7 ou 8 anos como uma maternal canção de ninar.
Fica claro, portanto, que o nível esteve sempre descendo. Nesse caminho tivemos o "Uh tererê", o "Não peida não", o cerol na mão, o tapinha que não doía, a égua pocotó interpretada pelos espasmos do(a) lacraia, e a desenvoltura da agora vovó antes dos 30 (isso mesmo!) Tati Quebra Barraco.
Vendo esse descida desgovernada rumo à bestialidade nirvânica, me pergunto qual será o fim da linha. Sim, porque em algum momento já não será mais possível piorar. Pensando nisso eu me lembro de um 'dueto' entre MC Serginho e nossa já citada vovó Tati, na qual o pai da Pocotó citava o seguinte versinho:
"Quando eu te meto 'cê' grita;
Dou-lhe um murro nas costas;
Cuidado pra não sujar o meu piru de bosta!"
Com certeza é um bom candidato, mas há piores. E em meio a tanto xorume sonoro, tendo a acreditar que o limite se encontra no seguinte verso:
"Estrupa! Estrupa! Estrupa os amigos!"
Ignorando o estupro metalinguístico à grafia, convido os leitores a refletirem sobre esta frase. "Estrupa os amigos!" - diz o poeta. Caralho, ele colocou no plural, e no masculino!!!! Pense por um instante na gravidade dessas desinências... E mais: não se tratam dos inimigos, ou de desconhecidos andróginos numa prisão repleta de desesperados. Não, ele tá falando dos amigos.
Cara, para um homem 'estrupar' os amigos, é porque ele antes já rifou todo mundo. Um homem trai mais facilmente a esposa que um amigo, e esse nosso camarada da 'música' achou que já era hora de violentar os últimos de sua lista: os amigos. Todos eles.
Imaginem então o que este satã já não terá feito com os inimigos?
Então eu pergunto: alguém consegue pensar num verso pior do que esse?
Fica dificil tentar competir com essa.
ResponderExcluiruma coisa grotesca na sociedade é o estrupo não queremos estrupos de crianças nem de inimigos imagina de amigos? e muitas musicas viram ''canção de ninar para crianças''(ou seja minha prima de 2 anos canta o creu !) e essas musicas muitas vezes dizem o que é certo o q é errado fazer e influenciam as crianças a fazerem eu sei disso pois ja tive prova como elas influenciam na sociedade.Então se uma criança convive com essa musica e se os pais ñ ou é desserem que isto e errado ou simplesmente deixa como se isso não interferice na vida dela? oq sera dela um dia?
ResponderExcluirdetalhe neh: O ATO É DE ESTUPRAR
ResponderExcluirMas que coisa, descobriu a polvora! Porra, antes de dizer asneira leia o texto e veja que Estrupa, está entre aspas.
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